15 julho, 2010

Classe C (contra classe C)


Camila chorava como condenada. Caio Cavalieri continuava ciscando...

– Canalha! Cafunés, carícias, calcinhas calientes... Cafajeste! Casamento catastrófico! - caraminholava.

– Carlos, condescendia, cuidara-lhe com carinho... Conseguisse casa, carro, cifrões... Coitado. Coitado? Coitada Camila.

– Com colares cravejados Caio conquistou-a. Contudo continuava conquistando cocotas com charmes correlatos.

– Carlos, calmamente, cantava-lhe canções. Conseguia cem contos, comprava-lhe coisinhas, cozinhava...

– Caio chegava com cheiros calhordas, chupões, colarinhos coloridos... Contava caôs cosmológicos! “Conhece Clotilde? Coroa contadora, caolha... chocou-se comigo. Cacazinha... Calma!”. Concatenando cineminhas cretinos, característicos, conseguia contê-la.

– Carlos conhecia cinema croata, cazaquistanês... Cada coisa! Curtia choro, Cartola... Contava centavos, comprava Casablanca (CD-Rom copiado). Com cartãozinho, crisântemos... Contudo, certamente convinha conter-me: como conseguiríamos casar? Casebre com chita, condução com cotoveladas... Crianças? Creche comunitária? CIEP? Coitadas! Com classe, conspurquei classe C!

– Como caviar como comia coxinha. Comprei casarão, carrão... Coincidência curiosa: Classe C. Caramelo. Conversível. – chorava. Confortavelmente, claro.